28 de jan. de 2011

[RESENHA] Strange Angels (Lili St. Crow)

Bem, o que basicamente me motivou a adquirir Strange Angels foi uma promessa. Eu não estava nem um pouco empolgado para ler, mal conhecia a saga e simplesmente... gostei da capa. E lá vamos nós para aquele chato papo de “não se julga um livro pela capa” e blá blá blá – não, eu sei que não se julga mas que é importante, é sim e se você quiser que algo seja atrativo para compra você tem que caprichar no marketing, certo? Afinal nem todo mundo tem disponibilidade para ler resenhas e saber se o livro é bom de verdade – apenas a capa e a sinopse bastam, e por isso elas são importantes. Creio que fui seduzindo por esses dois elementos. Caí numa pegadinha bem elaborada e bem, isso eu comento ao longo da resenha.

O livro conta a história de Dru Anderson, uma jovem de 16 anos (sim, ela é uma garota, mesmo com esse nome estranho) com um dom de sentir criaturas sobrenaturais e localizá-las como vampiros ou chupa-sangues, zumbis, bem, essas criaturas. Ela auxilia seu pai na caçada desses seres mar não participa do “corpo-a-corpo” digamos assim, só localiza e pronto. Ela vive de mudança pelos EUA caçando com o pai quando de repente o mesmo sai para uma caçada “comum” e volta como um zumbi sedento de morte. E Dru é forçada a cometer um ato que a levará para sempre na memória. Bem, daí a trama se desenrola muito pouco, apenas (poucos) personagens são apresentados, como Graves, um garoto asiático, gótico, que mora sozinho e é colega de escola de Dru e lá pelo final da história Christopher, que deveria ser uma reviravolta na história, mas acaba apenas chegando tarde, entende? Creio que se ele estivesse já nas primeiras 100 páginas o livro seria bem mais empolgante.

Bem, resumindo: o livro é chatinho. As frases mal elaboradas da autora Lili St. Crow são irritantes, assim como os “cês” nos diálogos.  Ela ‘enrola’ muito com observações desnecessárias e comparações das mais esquisitas possíveis: poxa, eu não sinto frio com pegadas geladas de inseto nas costas! A escrita do livro em 1° pessoa torna Dru chata em diversos momentos. Ela é repetitiva (como se a autora se esquecesse de que já havia comentado algo anteriormente), amargurada e muito vulnerável – totalmente o contrário do que eu esperava dela quando li a sinopse. “Dru não tem medo do escuro” diz no verso do livro – poxa, ela morre de medo de tudo! Não gostei do livro, mas não sei se posso gostar ainda, sabem por quê? Não sei se o problema do livro é o estilo da autora ou se é a tradução. Quem seria o culpado: Lili ou o tradutor? Bem, deixando a polêmica de lado, venho falar de alguns trunfos: Christopher é um personagem interessante, e talvez o único. A sequencia final do livro foi bem escrita e se você gosta de ação; é uma boa – mas não me deu vontade de ler a continuação. Enfim, caí na pegadinha da publicidade: prometeram-me uma história emocionante e acabei encontrando algo repetitivo e chato. Nota Dois, por que a idéia do livro é muito boa, com certeza... mas está nas mãos erradas.