3 de dez. de 2010

[RESENHA] A Cabana (William P. Young)

Pra começar, demorei muito a ler esse livro e tenho minhas explicações - muito plausíveis por sinal. O livro começa como um romance comum, com diálogos comuns e você ganha um certo ritmo na leitura, porém na medida em que a história se aprofunda e questionamentos vão surgindo eles precisam ser respondidos – e as respostas, bem, digamos que são um pouco extensas. Li vários parágrafos mais de duas vezes tentando extrair alguma informação necessária para o entendimento da história. Valeu à pena? Sim. Cada vírgula, cada palavra e cada frase têm um enorme poder em A Cabana.
Pra começo de conversa o autor William P. Young deixa bem claro no prefácio do livro que a história a ser lida foi contada por Mackenzie, seu grande amigo, e que ele apenas orquestrou (digamos assim) para a leitura se tornar possível, portanto "se você achar que tudo o que é contado no livro não é verdade, tire suas dívidas com Mack", o autor diz – mas isso é o de menos. Também diz que se você não gostar da história, "é porque ela não foi escrita para você". Tá bom, desculpa né? Mas ele tem razão; e eu sei porque li – e gostei. O livro não é de auto-ajuda como muitos dizem. Também não é destinado à religião nenhuma, afinal a religião foi criada pelos homens e não por Deus, como diz no livro. Vamos a história, então: Mack viaja com seus três filhos para acampar e durante a viagem a caçula, Missy, é seqüestrada e morta por um psicopata, sendo encontrados vestígios do assassinato numa velha cabana. Desde esse dia, Mack sente a Grande Tristeza se apossar de seu corpo (como uma depressão) e se isola do mundo. Tempo depois recebe um bilhete de Deus pedindo para que Mack volte a cabana, local esse que o fazia sofrer tanto. E ele vai. Gente, não tem spoilers aqui, isso tem na sinopse do livro. O que realmente faz de A Cabana ser um livro tão especial é o que realmente acontece na cabana. Os diálogos, os questionamentos de Mack sendo respondidos (como por exemplo: por que Deus deixou que Missy morresse?) e a transformação do personagem durante essa estadia nos leva a refletir sobre nossos atos e coloca Deus como nosso Papai e não como O ser acima de todos que somente julga. Senti-me mais aconchegado e protegido. Passei a entender mais sobre o que Deus pensa de nós e da Criação. É uma espécie que questionário interno nosso que passa a ser respondido a cada página. Sabe aquele versículo que diz: Deus é Amor? Este livro explica com detalhes essa pequena frase e abre os nossos olhos. Por favor, leiam.