Fenômenos literários não são raros. Sim, é o que eu acho. Você deve se lembrar, naturalmente, da história do bruxo que derrotou o lorde das trevas ou até mesmo, do Romeu e Julieta vampiresco; mas claro, ambos são os mais recentes. São considerados fenômenos visto que conseguiram fazer milhões de fãs, tornaram-se best-sellers internacionais e sucessos de bilheteria em suas adaptações para o cinema. Porém há um fator diferencial em obras como essas: poucas deixam um legado. Sim, nem todo fenômeno consegue se eternizar na história um na literatura, deixando de ser apenas uma febre momentânea e nos fazendo pensar por bastante tempo sobre sua mensagem. Ao ler Jogos Vorazes senti que finalmente temos um fenômeno inteligente e capaz de deixar questionamentos, causar debates e ser, quem sabe, eterno.
O livro de Suzanne Collins já vem causando burburinho desde 2008, seu ano de lançamento. Quem acompanha blogs literários nacionais e internacionais já ouviu falar do livro, não há dúvida. Por ser uma obra moderna, atual e original, mesmo com inspirações em outros livros com temas semelhantes, o livro chamou a atenção e logo tornou-se um best-seller. O mundo parou para ler a história de Katniss e seu drama para sobreviver e cuidar de sua mãe e irmã num país distópico e ditatorial. Com tantos elementos no livro de fácil identificação (o show de horrores que são os jogos, o tema da fome a luta pela sobrevivência, a corrupção da mídia, a luta pelos direitos humanos, entre outros) ficou fácil para Jogos Vorazes ser tão aclamado, como um novo fôlego de mudança e esperança para os dias de hoje.
É difícil escrever sobre um livro que você gostou tanto. Não tenho palavras para descrever o prazer que foi ler Jogos Vorazes. Todo o mundo criado pela autora é de fácil identificação e até imaginamos que tais coisas podem mesmo acontecer nos nossos dias. As críticas impostas no livro vem em boa hora, já que vivemos um tempo onde sorrimos vendo a desgraça alheia e nos atamos a futilidades e ao consumo impensado. Creio que o tema dá um bom tempo de debate, e isso que é o bacana dos livros: o modo como eles interferem na vida real. Mas peraí, eles são reais.
Falando de forma, a escrita de Suzanne é direta e, de certo modo, simples, porém entendo seus motivos. Ela tem a ousadia de querer chocar, de modo que encaremos os acontecimentos na história como um susto e ao mesmo tempo envolvente. Suas pitadas de romance são bem vindas, aliviando a leitura em certos pontos, o que achei muito bacana. A história e seus valores contidos mexeram muito com os meus sentimentos, antes adormecidos; há muito tempo não me apaixonava tanto por um livro, por uma história, por uma personagem. Conheci Katniss e esse encontro foi intenso e inesquecível. Convoco à todos que leiam esse livro e que olhem para a história e captem toda a crítica, toda a mensagem implícita e explícita.
P.S.: Estou mais do que ansioso para ler Em Chamas. não consigo pensar em outra coisa!
Uau, to cada vez ficando mais curioso para ler este livro, afinal, estão todos só falando bem dele. Sua resenha ficou muito boa, parabéns!!
ResponderExcluirhttp://mr-books.blogspot.com/
Parabéns , Israel, resenha muito boa, me deu uma vontade imensa de ler!
ResponderExcluirOi! :)
ResponderExcluirTudo bem? rs Estou de volta.
Eu sinto que sou o único ser humano que ainda não leu Jogos Vorazes, ainda mais agora com o lançamento do último livro e do filme, todo mundo comentando. Fico perdida e indignada por ainda não ter lido.
Com relação a história fico receosa, por que odeio quando um personagem favorito morre e pelo o que me disseram, neste livro acontece muito disso.
Mas de qualquer forma, quando eu tiver oportunidade o lerei, com prazer.
Beijão!
Camila Leite
@sonhospontinhos
http://sonhosentrepontinhos.com